Depois de termos feito o visto para os EUA,
conforme procedimento narrado no blog, organizamos a viagem para Nova York.
Nosso vôo partiu de Porto Alegre e teve escala
apenas na Cidade do Panamá, o que foi muito interessante, pois a escala se deu
mais ou menos na metade da viagem. Uma escala rápida, de aproximadamente uma
hora, o que também foi bom, tempo suficiente pra passear no aeroporto, achar o
novo portão (que no nosso caso foi o mesmo do desembarque) e dar uma
esticadinha nas pernas. Antes de
embarcarmos no vôo na Cidade do Panamá para NY, foi armado um esquema de mesas
em frente ao portão e todos os passageiros foram revistados, assim como seus
pertences.
Chegando no aeroporto JFK, já nos EUA, tivemos
uma passagem muito tranquila para entrada no país. Tínhamos a documentação toda
correta (passaporte, vistos, passagens de retorno, reserva em hotel... e tudo
mais o que pode ajudar a explicar o que veio fazer nos EUA) e explicamos ao
atendente que estávamos para turismo. Claro que, como em todos os outros países
em que estivemos, o atendente não queria acreditar que somos brasileiras e já
descobriu na “cara” a nossa origem germânica. Tudo com muita simpatia, aliás, uma
simpatia que não é muito fácil de encontrar em NY. Podemos dizer com orgulho
que essa simpatia foi especial para nós, pois presenciamos atitudes um tanto
rudes com outras pessoas. O próprio atendente que nos recebeu sorrindo e
fazendo piadas, gritou grosseiramente e de maneira a intimidar o rapaz que era
o próximo da fila, logo atrás de nós, pois ele havia ultrapassado a linha
limite no chão. Enfim, suavemente nos olhou, sorriu, carimbou os passaportes e
disse: divirtam-se e boas compras!
Já legalmente em território americano, tínhamos
que chegar à cidade, pois o aeroporto fica afastado e para isso, já havíamos
comprado, via internet, o transfer, que eles chamam de pick up (http://www.goairlinkshuttle.com/). Há
várias opções para o transporte, desde limousines até ônibus coletivos e os
preços nem são tão caros, acaba valendo a pena. Se a reserva foi feita
anteriormente e já tiver o voucher
impresso, é só apresentar para um dos atendentes que ficam num grande pórtico
bem na porta da saída do desembarque internacional, que eles te orientam onde
aguardar. É bom ter na ponta da língua o nome do hotel que vais se hospedar,
pois esta é a única pergunta que irão lhe fazer, além de é claro, quantos
passageiros são. Tudo certo, ganhamos uma senha, aguardamos uns 5 minutos
talvez e já nos chamaram. Fomos encaminhadas para o furgão (aqueles clássicos
americanos de espionagem em filmes – só que prata) e rumamos NYC.
Check in no hotel feito, malas no
quarto e que as explorações comecem! A dica para quem vai andar por Manhattan
sem saber se localizar é pegar um mapa (o do World Trade Center Memorial
foi o melhor mapa que encontramos – e não temos mais, por ter ido por engano
pro lixo no último dia) e ter uma bússola, para não errar o lado para onde
precisa andar a cada saída do metro e ganhar tempo. De resto, é muito simples
andar por Manhattan, pois as avenidas são numeradas de 1ª. a 12ª., do Rio East
para o Rio Hudson e as ruas são numeradas de sul para norte.
Ponto turístico clássico em NY é a Estátua da
Liberdade. É possível adquirir um passeio para acessar a ilha em que está a
famosa estátua e a estátua (se ela não estiver em reforma) ou então fazer
somente um passeio pelo ferryboat (http://www.siferry.com/) e
chegar mais perto dela. Nesse caso, o transporte é gratuito. Interessante é
pegar um lugar em uma janela ou mesmo bem na frente – e aproveitar que não tem
os vidros para tirar fotos e ter uma visão interessante do lugar. Quando
estiver em direção a Manhattan (na volta) é possível ter uma visão incrível dos
prédios, aquela cena clássica dos filmes e postais.
É interessante ainda uma caminhada pelo centro
financeiro da cidade, passando pelo famoso touro, pela bolsa de valores, pelo
banco central de NYC, entre outros, que ficam bem próximo ao ponto do ferry,
então dá pra aproveitar e fazer no mesmo dia.
A árvore com a cerquinha sobreviveu aos escombros dos ataques ocorridos no 09-11-02 ao World Trade Center |
Outro ponto muito visitado é o local onde ficavam
as torres gêmeas do World Trade Center. Porém, para ser possível acessar o
Memorial, é necessário fazer agendamento da visita com antecedência e pode ser
feito no site http://www.911memorial.org/visit. Para
retirar o ingresso, tem que ir até a loja de souvenirs do próprio Memorial, que fica a uma quadra mais ou menos
e possui tipo uns caixas eletrônicos para impressão dos ingressos. É importante
dizer que o valor do ingresso é uma doação, se assim o desejar, ou seja, não é
necessário doar nada e o ingresso sai gratuito. No memorial, tem várias
curiosidades que achamos interessantes, entre elas, que na entrada é
distribuído, para quem tiver interesse e solicitar, uma espécie de pergaminho
com um giz, para colocar sobre o nome de algum ente querido, por exemplo, e
carimbar o relevo do nome no papel, já que o nome de todas as vítimas estão
esculpidas no mármore que circunda as quedas d´água. É possível localizar os
nomes das vítimas por pesquisa nos computadores que estão próximos. Também há
uma única árvore que sobreviveu aos atentados e esta permanece preservada no
local.
Joey Ramone Place |
Quem está andando por NYC pode também visitar a JOEY RAMONE PLACE, que vem a ser a esquina da rua 2 leste (2nd E St) com a Bowery. Fica
no mesmo quarteirão do famoso clube CBGB, onde diversas bandas do movimento
punk norte-americano iniciaram suas carreiras na década de 70.
A cidade é muito bem servida de museus. Temos que
dar destaque especial para dois, que nos surpreenderam, que são o Metropolitan
(http://www.metmuseum.org/), que conta com um acervo variado e de grande
quantidade de obras importantes e o Museu Americano de História Natural (http://www.amnh.org/). No Metropolitan cada pessoa doa o valor que
quiser para acessar o museu.
Na cidade há diversos lugares para um bom
chimarrão, mas nenhum lugar mais perfeito do que o Central Park. E foi lá que
fomos fazer uma caminhada, tomando um chimarrão e registrando alguns momentos
especiais da nossa estada pela Big Apple. Aliás, bem na esquina deste parque é
que fica a tradicional loja da Apple e uma interessante loja de brinquedos FAO,
aquela que tem aquele piano com as teclas no piso, do filme Quero Ser Grande para tocar sapateando.
O parque é lindo! Durante a caminhada surgiram
pessoas vendendo mapas do parque, que são realmente necessários e mais uma vez,
o preço é decidido pelo comprador, pois é uma doação. No parque há uma sala
para atendimento aos visitantes e uma loja de souvenirs. Há diversas estradas, bancos, bebedouros, pontes e
estátuas por todo o parque e também uma área só para crianças. Artistas se
apresentam livremente por toda a parte. Há ainda a Strawberry Fields, área
localizada em frente ao apartamento que morava John Lenon e que há homenagem ao
Beattle – a esta altura do parque, vale a fugidinha até o outro lado da rua
para ver, além do apartamento de John, uma quadra ao lado, o prédio do filme Ghostsbusters.
Ainda no parque, que foram necessários dois dias
para percorrê-lo de todos os lados calmamente, é imperdível a cena clássica da
ponte com os dois prédios atrás.
Não podemos deixar de mencionar que há diversos
shows ocorrendo em NY e que valem a pena de ser assistidos. Ingressos podem ser
adquiridos pelo site http://ppc.broadway.com/ ou mesmo
na TKTS da Times Square.
Por falar em Times Square... é um lugar lindo e
interessantíssimo! Vale a caminhada com todas as luzes piscando em cada um dos
telões, a qualquer instante do dia. As lojas ficam abertas a noite. Portanto,
pode fazer passeios culturais durante o dia e passear pelas lojas a noite, se
tiver pique!
Não dá pra falar de NYC sem mencionar compras,
então, algumas visitas comerciais que são imperdíveis: a M&M´s World, Hard
Rock Café, Macy´s (reserve mais de um turno, em diferentes dias), Desigual,
Footlocker, BeH. Aliás, não podemos deixar de prestar nossa homenagem ao Mosh,
um vendedor gaúcho do Bom Fim, de Porto Alegre, que trabalha na BeH (http://www.bhphotovideo.com/), para quem entregamos o que não usamos da erva
que levamos para a viagem! Ele atende num quiosque da Sony dentro da loja, que
é a melhor loja de foto e video que já fomos! Vale a visita na loja, mesmo não
tendo vontade de comprar!
E para quem realmente tem objetivo de fazer
algumas comprinhas, não tenha dúvida, vale a pena a ida até algum outlet. A dica é levar alguma mala vazia
junto e ir colocando nelas as comprinhas, ou ainda, se mala for um dos itens da
sua lista de compras, vale a pena comprar nas lojas de outlet, sim.
Para tecidos, existe o fashion district, que é uma região cheio
de lojas de roupas, vestidos, acessórios e tecidos. O detalhe é que essas lojas
fecham cedo. Além disso, boas lojas estão, de certa forma, meio escondidas. A
loja que escolhemos para tecidos, que tem para todas as ocasiões é a Mood (http://www.moodfabrics.com/), ela fica no terceiro
piso de um prédio antigo com um elevador a manivela que mereceu até uma foto,
mas realmente valeu a pena. A dica, para compra de roupas e tecidos, nos EUA em
geral é levar uma fita métrica, que não ocupa espaço na bolsa e nem pesa e é
capaz de ser a diferença entre acertar e errar o tamanho, primeiro porque o
tamanho das roupas é totalmente diferente e segundo porque a medida padrão
deles é feita em polegadas e jardas, assim, se levares a fita métrica, vai
conseguir ter uma boa noção pelas tabelas de conversão, pelo menos pra nós foi
extremamente útil
Impossível deixar de falar na arquitetura de NYC e em seus arranha-céus. As visitas no Rockefeller Center e no Empire State Building reservam uma vista sem igual! Nós optamos por visitar o Empire State Building a noite e o
Rockefeller Center durante o dia. A escolha se deu em razão do Rockeffeler Center ficar mais próximo ao Central Park, o que achamos que seria interessante de ver durante o dia!
Enfim, vale a pena uma viagem para Nova York, pois é uma cidade que tem de tudo para oferecer! Fique pelo menos cinco dias na cidade e divirta-se!